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1 month ago
Literatura Moçambicana PDF Free Download, A Literatura Moçambicana Luciana Brandão Leal¹ Roberta Maria Ferreira Alves².
Está Bem Documentado Que A Presença Dos Colonizadores Portugueses Nos Territórios Africanos Foi Muito Violenta, Com Mecanismos Que Corromperam As Histórias, Culturas, Identidades E Subjetividades Dos Povos Colonizados. A Validação Do Processo Político Colonial Baseou-se Nas Diferenças,
Do “Outro” Construído A Partir De Visões E Interpretações Que, Como Afirma José Luis De Oliveira Cabaço (2009, P. 35), Decretarão A Contradição Fundamental Da Ordem Colonial Fundada Em Uma “Multiplicidade De Dualismos” E “Em Conceitos Marcados Pela Hierarquização”.
A Europa E Seus Padrões Construiriam, Assim, Critérios Em Territórios Colonizados Para Descrever O Que Era Belo, Certo E Ideal, E O Que Se Encaixava Ou Não Nas Normas Ocidentais. Nesta Abordagem, O Colonizador Desenvolveu E Legitimou Suas Supostas Melhores Normas Ao Longo Dos Séculos.
Num Cenário De Poder E Violência Colonial, A Arte Em Geral E A Literatura Em Particular Transformar-se-ão Em Armas De Combate Nos Espaços Colonizados Em África, Com As Quais Os Artistas E Escritores Africanos Procuram Construir E Afirmar A Sua Identidade Ao Mesmo Tempo Que Questionam E Subvertem O Seu Próprio Colonizado Doença.
Expressões Que Podem Ser Interpretadas Como Motivação Para O Confronto Direto Com As Forças Coloniais E, Consequentemente, A Formação De Estados/nações Independentes.
Frantz Fanon (2005) Enfatiza Que “o Intelectual Colonizado Que Decidir Declarar Guerra Às Mentiras Colonialistas Travará Essa Luta Em Escala Continental” (Fanon, 2005, P. 232). A Luta Anticolonialista, Segundo Este Pensador, É Continental, E A Cultura Que Se Manifesta É A Cultura Africana.
Autores E Intelectuais Africanos Assimilam Antropofagicamente Legados (Ad)de Tendências Estéticas Europeias, Americanas E Brasileiras, Ao Mesmo Tempo Em Que Adotam Marcas Distintivas Das Culturas Locais,
Qualidades Que Se Manifestam Nas Obras Literárias Das Nações Africanas De Língua Portuguesa. Segundo Fonseca E Moreira, “nesta Fase, O Escritor Africano Assume A Responsabilidade De Construtor, Arauto E Defensor Da Cultura Africana” (Fonseca E Moreira, 2007, P. 2).
Os Conflitos E Lutas Pela Independência Das Ex-colônias Europeias No Continente Africano Ajudaram A Moldar As Concepções Que Fundamentam A Literatura “Moderna” Criada Nessas Regiões, Compreendendo Iniciativas Literárias Bem Definidas, Ao Longo Do Século Xx.
A Construção Da Identidade De Uma “literatura Nacional” Coincide Com Os Processos De Luta Anticolonial, Conforme Discutido A Seguir, (De)demonstrando Que As Literaturas Africanas De Língua Portuguesa Não Apenas Participam Desses Movimentos De Independência Política,
Mas Também Constroem Estratégias Significativas Que Fortalecem Reivindicações E Lutas Pela Identidade Nacional Sufocada Pela Colonização.
A Imprensa Moçambicana Começou Com A Criação Do Boletim Oficial Em 1854. Mais Tarde, A Rádio E A Publicação De Jornais E Revistas Desempenharam Um Papel Essencial Na História Daquele País. O Jornal O Progresso E Foi Publicado Pela Primeira Vez Em 1868.
Desde Então, As Publicações Têm Sido Um Dos Principais Meios De Oposição Ao Domínio Colonial E, Posteriormente, Aos Movimentos De Libertação. Os Jornais O Africano (1908) E O Brado Africano (1918) Destacam-se Como Grandes Exemplos Desse Tipo De Imprensa.
Segundo O Editorial De Abertura De Seu Primeiro Número, O Africano Tinha Como Principal Objetivo Atender Aos Interesses Do Grupo De Mestiços Contra As Formas De Opressão E Discriminação A Que Eram Submetidos, Embora Posteriormente, A Mudança De Titularidade, Este Tom Foi Sistematicamente Mudado .
O Brado Africano, Por Sua Vez, Publicou O Suplemento O Brado Literário2, Que Foi Distribuído Em Moçambique Entre 1918 E 1974 E Incluiu Autores Como Rui Nógar, Marcelino Dos Santos, José Craveirinha,
Orlando Mendes E Virgilio Lemos, Entre Outros. Estes Periódicos, Segundo Tânia Macêdo E Vera Maquêa, “Foram Palco Para O Surgimento Das Primeiras Performances De Autores Africanos Para Expressar Essas Condições E As Primeiras Necessidades De Afirmação Da Cultura Africana” (Macedo E Maquêa, 2007, P. 18 ).
Na Forma Escrita, A Produção Literária Moçambicana Consolidou-se A Partir Da Década De 1940, Por Meio De Publicações Produzidas Por Autores E Intelectuais, Como O Itinerário (1941-1955). A Concepção Da Revista Msaho (1952), Que Adota Um Nome Que Significa Dança,
Canto E Poesia, Tendo Sido Publicada Em Um Único Número, Que Teve Enorme Importância No Cenário Cultural De Uma Época De Grande Efervescência Política E Política, Ser Um Marco Na Produção Literária Moçambicana. Literário.
Há Textos E Poemas No Itinerário E Nos Cadernos Literários De Mshao Que São Marcados Por Temas Mais Universais, De Cunho Mais Subjetivo, E Outros Que Discutem Questões Sobre A Realidade Social E Política Da Colônia, Destacando, Sobretudo, As Injustiças E Violências Praticadas E Legitimado Pelo Sistema Colonial. Segundo Francisco Noa (2017),
A Geração De Intelectuais E Autores Dao Período Tenta Desenvolver Características Moçambicanas Com Base Em Táticas De Afirmação De Identidade. A Revista Caliban (1971-1972), Fundada Por Grabato Dias E Rui Knopfli, Valorizava E Assumia Variedade Temática E Estética Num Clima Cultural Que, Segundo Os Seus Autores, Exigia Mudança.
Neste Contexto, Os Jornais Impressos E As Revistas Literárias Foram Os Instrumentos Mais Eficazes E Atuais De Divulgação Das Ideias Anticoloniais, Verdadeiros Representantes Do Pensamento Social,
E Um Importante Lugar De Resistência Exercido De Diversas Formas Que Se Modificaram Ao Longo Do Tempo E Refletiram As Realidades Históricas. A Escrita Jornalística Foi Um Dos Meios Mais Comuns Para Os Intelectuais Moçambicanos Divulgarem As Suas Opiniões Ao Público Em Geral, Aos Seus Pares E A Outros Intelectuais De Outras Colónias.
Segundo Francisco Noa, O Projecto Concebido Na Década De 1980, Na Sequência Dos Conflitos Que Conduziram À Libertação Política, É “Dominado Por Um Grande Fervor Revolucionário Que Vai Contaminar As Artes, A Literatura Moçambicana, Em Particular, E Que Vai Dar Origem A Uma Produção Massiva De Textos Literários” (2017, P. 26). Esse Fervor Revolucionário,
Como Noa Apontou, Se Fortaleceu Após A Criação Da Associação Dos Escritores Moçambicanos (Aemo) Em 1982, Que Se Tornou Um Importante Espaço De Debates E Encontros, Além De Possibilitar – E Ainda Possibilita –
A Publicação De Livros Por Poetas E Escritores Associados. Aemo Também Ajudou A Fundar A Revista Charrua (1984), Que Reuniu Vozes Importantes Da Literatura Moçambicana, Incluindo Ungulani Ba Ka Kosa, Eduardo White, Armando Artur, Marcelo Panguana E Suleiman Cassamo.
Como Se Vê, A Imprensa E A Literatura Moçambicanas Estiveram Bastante Ligadas Ao Longo Do Século Xx, Servindo A Primeira Como Opção Profissional Para Autores Que Não Podiam Sustentar-se Através Da Obra Literária. Moçambique Não Tinha Um “Sistema Literário” Totalmente Definido Em 1975,
Quando Conquistou A Independência Política, Se Considerarmos O Conceito Cunhado Pelo Teórico Antonio Candido, Segundo O Qual Existe Um “Sistema Literário” Quando Os Escritores Escrevem Para Um Público Que Reage, Influenciando-os A Produzir Novos Trabalhos, E Assim Por Diante.
Patrick Chabal Enfatiza Que “Algum Conhecimento Das Características ‘nacionais’ Da Cultura, Que Gerou Essa Literatura, E Da ‘cultura’ Através Da Qual A Nação Foi Construída” É Necessário Para Reconhecer O Surgimento De Uma “Literatura Nacional” (Chabal, 1994, P. 14). Segundo Este Crítico Literário, É Impossível Separar Estas Questões No Caso De Moçambique,
Sublinhando Que “pelo Facto De As Culturas Africanas Serem Orais, O Desenvolvimento Da Literatura Africana Só Poderia Concretizar-se Através Do Uso Da Língua Colonial Europeia” (Idem, Ibidem, P. 16). Segundo Patrick Chabal (1994, P. 23), “eles Criaram Uma Nova Cultura – Escrita Africana” Para “assentar A Cultura Africana Em Uma Literatura Escrita Na Língua Do Colonizador”.
A Guerra De Independência De Moçambique, Também Conhecida Como Luta Armada De Libertação Nacional, Foi Travada Entre A Frelimo (Frente De Libertação De Moçambique)3 E As Forças Armadas Portuguesas. Este Movimento De Libertação Nacional,
Segundo Fátima Mendonça, Serve Como Materialização De Um Projeto De Afirmação Literária Surgido Nas Décadas De 1940 E 1950; Ou Seja, “é O Forjador, Por Excelência, Do Conceito De Moçambicanidade 4, Porque É Através Dele Que A Própria Nação Começa A Ser Construída” (Mendonça, 1988, P. 52).
Falar De Poetas E Autores Famosos Da Cena Literária Moçambicana Permite-nos Desenterrar Temas Enterrados Na Literatura Criada Numa Área E Período Invulgares. Em Seu Livro Vozes Moçambicanas: Literatura E Nacionalidade (1994),
O Crítico Literário Patrick Chabal Explica Que As Características Da “Moçambicanidade” Podem Ser Identificadas Em Textos Produzidos Com O Objetivo De Destacar Cores E Vozes Locais, Destacando Sua Diferença Em Relação Aos Produzidos Sob Ecos Culturais Europeus Até Então.
Os Seguintes Parâmetros Estéticos E Opções Discursivas Caracterizam Esta “moçambicanidade”: A Consciência Do Escritor Sobre A Sua Pertença E (A)filiação À Cultura Do Seu País; A Busca De Formas Transgressivas De Usar A Língua Do Colonizador;
E O Uso De Estratégias De Linguagem Que Reforçam Usxtos, A Luta Pela Liberdade, Tecendo Um Discurso Literário Que Se Deixa Levar Pela Oralidade E Pela Sonoridade Trazidas Pelas Expressões Das Línguas Africanas.
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